sábado, 30 de janeiro de 2016

Você sabe reconhecer uma boa erva para tereré?

Olá amigos amantes do tereré, no artigo anterior abordei o assunto dos componentes básicos para um bom tereré, que são a bomba, cuia e a erva-mate.

Escolhi falar da erva por ultimo, já que é um assunto bem complexo e envolve diversos fatores como o local onde é produzida, o manejo da produção, tempo de armazenamento, como a erva é beneficiada e diversos outros fatores que alteram sua qualidade, sabor e cheiro característico.

Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou nenhum especialista em erva-mate, contudo, desde os 5 anos de idade consumindo esta planta, adepto de sua cultura e costumes, a erva-mate está em minha família á gerações, sendo que meu bisavô foi um produtor ervateiro autorizado da extinta Companhia Mate Laranjeiras na província de Amambaí. Pude conhecer por meio de minha avó que viveu esta época e me contava diversas histórias sobre os processos de produção e como a lida era feita pelos índios paraguaios. Adquiri uma incrível paixão e admiração ao longo do tempo, o que me fez pesquisar, conhecer e me informar cada vez mais sobre o assunto, assim como você que está lendo este artigo.

Ao longo do tempo tenho observado o uso crescente da erva-mate, principalmente do tereré entre os mais jovens, que se reúnem em grupos e usam a bebida como forma de descontração. Como dito anteriormente, é uma excelente bebida para as regiões mais quentes do Brasil.


No Paraguai é consumida por praticamente 80% de toda sua população, em qualquer lugar no pais vizinho encontramos alguém trabalhando, passeando ou até mesmo vendendo tereré pronto para o consumo, coisa muito comum de se ver nas ruas e rodoviárias de Asuncion, a capital do Paraguay.

Há três anos viajei para o Paraguai e pude ter contado direto com a cultura deste povo acolhedor e muito trabalhador, o paraguaio faz dinheiro com qualquer coisa, é incrível. No Brasil o tereré ainda é visto com olhos tortos por algumas pessoas, como bebida de gente preguiçosa, como um hábito de quem não tem oque fazer e por esse motivo é visto com maus olhos em muitos locais.

Porém este esteriótipo é totalmente controverso do outro lado da fronteira, o tereré é um estimulante poderosíssimo para nossos irmão paraguaios, o que influência em sua alta resistência física e psíquica, sendo que até os dias atuais são conhecidos pelo fato de serem os melhores na lida com erva-mate. E por serem o melhores produtores, são também profundos conhecedores de sua qualidade e propriedades medicinais, sendo que somente ao cruzar a fronteira podemos experimentar o verdadeiro tereré paraguaio, dotado de aromas e sabores inconfundíveis.

Abordarei novamente o assunto sobre o Paraguai em um artigo específico.

A qualidade da erva para tereré 

Para aqueles que consomem diariamente e tem uma estreita relação com o tereré de vital importância o uso de uma erva com qualidade especial, em perfeitas condições de plantio, colheita, armazenamento, beneficiamento e embalagem. Até mesmo para aqueles que não costumam fazer uso regular da bebida, estes são fatores muito importantes e que farão total diferença ao consumir o tereré.

Estes processos são responsáveis pelo despertar e manutenção do sabor, aroma e cor característica da erva-mate. Os benefícios e malefícios a saúde relacionados á erva-mate, estão diretamente ligados a sua produção, pois algumas empresas de beneficiamento utilizam produtos químicos e açúcares em sua erva, conferindo sabores e aromas artificiais, utilizando agrotóxicos e conservantes prejudiciais a saúde em sua composição.


Cor: 

A cor da erva-mate é a principal característica para se observar, principalmente por que algumas marcas utilizam embalagens plásticas muito bem seladas, oque pode dificultar sentir o aroma. A maioria é necessária a compra para ver o produto mais claramente.

Temos que prestar muita atenção as condições de armazenamento, pois o fator de incidência de luz na erva e tempo de conservação pode alterar drasticamente o exame. Existem duas cores correspondentes á boa qualidade da erva-mate, o verde-claro é proveniente de colheitas recentes, denota que teve um curto processo entre suas etapas, principalmente ao sapecar as folhas ao fogo e período de armazenamento.

Já em algumas outras ervas, geralmente de fabricação caseira e destinada exclusivamente para o tereré temos a erva-mate tostada, que se apresenta por uma cor amarelo-ouro. Essa característica se deve ao fato do processo de produção ainda obedecer os padrões indígenas, onde se sapecava a folha em uma fogueira ao fim do dia de trabalho e a deixava sobre o calor do fogo a noite toda, o que torna o processo mais lento e a produção limitada a poucas toneladas ano.

Quando encontramos ervas com pouco ou nenhum aroma e cor verde esbranquiçada isto denota um armazenamento irregular, sendo uma erva de péssima qualidade, podendo até mesmo conter fungos e bactérias devido ao longo período de armazenamento.
  

 Sabor e Aroma:


Para muitas pessoas este é o fator fundamental para um bom tereré, o sabor e o aroma da erva é onde se concentra o ápice de uma boa degustação, mas pode ser também uma desagradável experiência, a ponto de conferir um amargor intenso causando repulsa nos primeiros contatos.

Muitos adeptos do tereré ainda desconhecem ou não tem fácil acesso a uma erva-mate de qualidade, em perfeitas condições, e por este motivo utilizam ervas com sabor extremamente amargo, pois não foi produzida da maneira correta ou pior, compram uma produto sem cor, aroma ou sabor algum, que muitas vezes é adicionado sabores e aromas artificiais para mascarar má qualidade e atingir um público menos seletivo.

No quesito sabor e aroma a erva-mate deve remeter a quem está tomando o tereré uma mistura complexa de mata virgem, com notas refrescantes e um leve amargor e um intenso retrogosto (sabor que fica após engolirmos a bebida). O tostamento elevado da erva também irá lhe conferir um sabor mais adocicado, liberando outras notas amadeiradas e cítricas na bebida.

Com uma característica muito marcante do tereré paraguaio, algumas empresas de beneficiamento misturam a erva-mate com algumas plantas medicinais e aromáticas, é muito comum no pais vizinho a adição dessas ervas para potencializar as propriedades medicinais da erva-mate. Entre elas estão o burrito, hortelã, menta, boldo, cavalinha, entre outras.
     


Deixando um pouco de lado os sabores naturais, podemos encontrar um extenso leque de opções de ervas para tereré com aromas e sabores artificiais dos mais diversos possíveis, entre os mais exóticos posso citar os sabores de Tutti-Frutti, uva com menta, energético (imitação de cheiro e sabor da bebida energética Red Bull), entre outros sabores.


Estes não são recomendados pois podem conter conservantes e agrotóxicos, o que os torna produtos não orgânicos que podem ser prejudiciais a saúde ou provocar a ingestão de elevadas quantidades de açúcares que são prejudiciais á saúde. Sendo que a melhor maneira de consumir o tereré é com uma erva de produção menos industrializada e processada possível.   
  

Espero que após ler este artigo você possa identificar ou reconhecer as características de uma boa erva e que esta leitura possa contribuir para um tereré muito mais saboroso e proveitoso para você e sua roda de amigos. 











quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Os principais componentes do Tereré



Olá amigos amantes do tereré, ultimamente tenho encontrado videos e postagens sobre como preparar o tereré com informações totalmente errôneas. Algumas pessoas costumam tomar o tereré de qualquer maneira, mas existem formas adequadas para que possamos ter um melhor aproveitamento desta bebida.

Primeiramente gostaria de esclarecer quais são os fatores mais importantes para tomarmos um bom tereré, algumas coisas podem realmente fazer a diferença, como o copo ou guampa usada, o formato característico das bombas próprias para a bebida, a cor e qualidade da erva-mate, entre outros aspectos importantes para tomarmos um delicioso tereré com sabor inigualável.

O que compõe um bom tereré?

Copo, guampa ou cuia:


A cuia ou guampa como é chamada nas regiões sul e centro-oeste do Brasil, é um recipiente semelhante a um copo, geralmente feito de chifre de touros, madeira, plástico ou cerâmica. É onde colocamos a erva-mate para tomarmos o tereré. 

Tradicionalmente as melhores cuias são feitas de chifre de touros, pois o chifre possui propriedades que filtram e mantém a temperatura da bebida naturalmente, contudo, precisam de cuidados extras como a cura (uma espécie de preparação da cuia) e a higiene do recipiente, que tende a juntar mais resíduos da bebida em seu interior, principalmente quando deixado por muitas horas em descanso.

Para aqueles que simplesmente desejam saborear e se refrescar com a bebida sem se preocupar com tradição ou estética, pode-se usar um copo comum, uma boa dica é recorrer aos copos de alumínio que tendem a conservar a temperatura do tereré, neste aconselho maior cuidado pois o atrito da bomba com o copo de alumínio pode liberar fragmentos metálicos no liquido.
Atualmente existem copos e cuias desenvolvidas para o tereré, alguns copos chegam a ser térmicos, contendo em seu interior isopor ou vidro para conservar a temperatura. Outros chegam a evitar um terrível problema do tereré, o derramamento de erva. Estes copos já vem com uma abertura própria para a bomba e colocar água, mantendo o copo fechado, mesmo se cair no chão ele não irá abrir e derramar a erva.

A bomba:

É muito comum as pessoas confundirem a bomba de tereré com a de chimarrão, possivelmente a maioria das pessoas deduziriam que são todas iguais,só que não. 

A principal função da bomba é fazer a filtragem da erva-mate, porém, no tereré a composição e tratamento para com a erva é muito diferente em relação a do chimarrão. As principais diferenças estão na moagem, conservação e composição em relação a ramos e folhas no pacote.

No tereré a moagem das folhas é feita em três estágios, grossa, média e fina, de forma que no máximo terá 60% de folhas em moagem fina no pacote, que resultará em uma erva de baixa qualidade, mas de filtragem estável.

A erva própria para o tereré é composta em seu todo de aproximadamente 50 a 70 % de folhas e o restante outras partes do ramo, assim é comum encontrarmos galhos grossos o pequenos pedaços de talos, variando conforme a marca e o tipo de moagem.

Ao contrário na erva de chimarrão encontramos a maior parte das folhas moídas ao pó, em pequenas quantidades podemos encontrar outras partes do ramo, tornando sua composição básica de 70 a 90% de folhas. 

Estes fatores causam o entupimento da bomba e a ingestão de certas quantidades de pó de erva-mate que para a maioria das pessoas se torna muito desagradável, principalmente por que terão que compra outra bomba devido ao entupimento. Por isso no chimarrão costuma-se usar um acessório na bomba conhecido popularmente por "camisinha", que é uma fina tela que reveste a bomba evitando a passagem de resíduos.

No tereré também temos os mesmos problemas, por conta da maioria das ervas encontradas no comércio serem de péssima qualidade e em sua maioria feitas em moagem fina e com excessivas quantias de partes do ramo tornando a filtragem da erva muito mais difícil.

Com o passar do tempo o entupimento é inevitável, mas já existem também bombas próprias para tereré com sua parte inferior removível, possibilitando assim fazer a higiene interna da bomba.

Concluindo o assunto, as principais características de uma bomba própria para tereré são: a sua parte inferior que tem formato semelhante á uma gota, seus orifícios de filtragem são levemente maiores e geralmente não contém uma esfera ou adorno na parte superior, por conta dos copos e cuias serem leves e pequenos em relação á cuias de chimarrão que são maiores, pesadas e suas bombas com sua base achatada, com pequenos orifícios.

Uma dica muito importante em relação a bombas para tereré, quando compra uma bomba nova ou pegar emprestada de outra pessoa procure banha-la em água fervente para eliminar bactérias e impurezas que podem estar presentes, elas podem contaminar sua bebida e transmitir doenças infecciosas.

Espero que tenha ajudado a solucionar algumas dúvidas em relação aos principais componentes do tereré, estes são os acessórios principais, em outra postagem abordarei com mais profundidade o assunto das ervas especiais para tereré e como reconhece-las pela qualidade.

Os benefícios do tereré







O tereré é uma bebida muito apreciada por aqueles que desejam se refrescar em dias quentes, também por aqueles que sentem prazer em se reunir com amigos para trocar experiências e contar histórias em roda apreciando esta bebida.
Atualmente a erva-mate atrai cada vez mais adeptos para este hábito, possivelmente pela facilidade que temos atualmente de comprá-la em lojas On-line ou encontrá-las em mercados e feiras em diversas regiões do pais, principalmente nas regiões sul e centro-oeste do brasil.

Esta bebida possui uma cultura muito marcante, notada por suas características histórico culturais e sua capacidade de promover interação social. Contudo, a erva-mate é utilizada desde os primeiros relatos feitos pelos colonizadores que encontraram os índios fazendo uso da mesma, como um remédio para diversos males e a manutenção da boa saúde, e este conceito tem sido mantido entre os apaixonados pela erva-mate passando de geração em geração a cultura de seus antepassados e terra natal.

Sobre o tereré circulam muitos rumores e lendas, principalmente sobre os benefícios e malefícios desta bebida tão apreciada, poucas informações são realmente baseadas em fatos ou pesquisas cientificas, por este motivo muitas pessoas deixam de fazer uso e se beneficiar com suas propriedades medicinais.

A composição nutricional da erva-mate 

O tereré tem com principal componente a erva-mate, sua composição se baseia basicamente em água, celulose, gomas, resinas aromáticas e dextrina. Neste composto podemos encontrar minerais como alumínio, ferro, zinco, magnésio, entre outros. Encontramos também lipídios, glicídios como frutose e sacarose. A erva-mate também é rica em vitaminas como A, B1, B2, C e E, e alcaloides poderosos como a cafeína, metilxantina e teobromina.

É excelente para praticantes de atividades físicas pois é rica em carboidratos, uma importante fonte de energia para o nosso organismo, além das proteínas, cálcio, fibras alimentares e ações anti oxidantes, que atuam na regulação metabólica e na redução dos radicais livres.

Como o tereré é consumido gelado, ele consegue manter e extrair a maioria dos elementos em sua composição e também o fato do chimarrão ser consumido em temperaturas elevadas acaba por contribuir para o aumento dos casos de câncer de boca e língua, tornando o tereré uma opção mais favorável para aqueles que procuram os benefícios da erva-mate.

Os benefícios do tereré

Dos principais benefícios encontrados no tereré são suas propriedades energéticas e diuréticas. A cafeína é o principal estimulante encontrado na bebida, ela é importante em sua atuação no sistema nervoso central e cardíaco, facilitando a circulação do sangue. Seus estímulos atuam principalmente favorecendo o trabalho intelectual, eliminando o cansaço físico e mental.

Favorece a diurese, um dos principais males da bexiga, além de promover uma maior frequência urinária, facilitando a eliminação de resíduos tóxicos do organismo. Seus consumidores estão constantemente hidratados e desenvolvem facilidade para aproveitamento de vitaminas e minerais, propiciando uma melhor absorção e processamento.

Outra importante característica do tereré é sua capacidade digestiva, pois atua no tubo digestivo, produzindo movimentos peristálticos, melhorando a evacuação e suavizando embaraços gástricos. Algumas ervas de tereré são preparadas com outras plantas como boldo, menta, hortelã e cavalinha que estimulam princialmente a produção de suco gástrico e curam males do estomago.

O tereré facilita o emagrecimento 

Como já citei anteriormente, o tereré é uma bebida altamente energética o que propicia a prática de atividades físicas e maior gasto calórico. Por isso para quem está interessado em queimar gorduras esta bebida é muito recomendada, principalmente pela cafeína que ajuda a eliminar a sessação de fome.
Mas para isto é necessária uma alimentação equilibrada e a prática aliada a exercícios físicos para equilibrar o ganho e o gasto energético/calórico.


Os malefícios do tereré

Apesar de possuir muitos prós, o consumo de tereré pode oferecer alguns riscos á saúde, principalmente para as pessoas com más práticas alimentares, com problemas cardíacos e insonia. 
O consumo excessivo do tereré pode levar a uma absorção demasiada de cafeína e outros energéticos causando a ausência de sono em algumas pessoas e até mesmo o aumento repentino dos batimentos cardíacos, sendo pouco recomendada para hipertensos.

No Paraguai, pais onde se originou o tereré é muito comum tomá-lo somente após o desjejum ou como dizem os pantaneiros, após forrar o estomago. Isso porque ativa principalmente os ácidos produzidos pelo figado e quando consumido em jejum pode danificar a parede estomacal, provocando ou despertando o surgimento de doenças estomacais como a gastrite e outras do tipo.

A alimentação adequada é um fator muito importante para os adeptos do tereré, principalmente porque apesar de possuir muitos sais-minerais, atua ativamente na absorção de ferro pelo organismo, tornando-o sua ingestão indispensável.

Outro problema muito recorrente é a facilidade de transmissão de doenças e vírus contagiosos, como todos compartilham o mesmo copo e bomba é imprescindível uma boa higienização e seleção das pessoas que estão envolvidas, mas lembre-se sempre, esses tipos de doenças não são visíveis a olho nu, então o melhor que se deve fazer é prevenir e tomar muito cuidado.



sábado, 23 de janeiro de 2016

Erva-Mate - A Origem







Olá amigos amantes do tereré, meu nome é Manoel Vaz, sou da cidade de Coxim no Mato Grosso do sul, e nesta postagem vou falar para vocês sobre a história da erva mate, o principal componente para se tomar o tereré. 
A erva mate é um arbusto nativo do sul da América Latina, precisamente na região do Paraguai, Bolívia, Argentina, Uruguai e Chile.





Sendo muito difundida para o uso do chá mate, chimarrão e tereré, a erva-mate ocupa um grande cenário econômico e cultural nas regiões onde está inserida. 




Os primeiros relatos históricos envolvendo a erva-mate datam do ano de 1612, do colonizador Rui Dias para Hernando Arias, contando sobre uma mágica e misteriosa erva que conferia poderes aos índios guaranis, chamada pelos espanhóis de "Erva do Paraguai". 


Os índios usavam cabaças e tigelas de barro para acondicionar a erva-mate, adicionavam água e deixavam de molho por algum tempo, depois bebiam o liquido filtrando os resíduos da erva com os dentes ou fibras vegetais, assim foi descrito o primeiro uso da erva-mate pelos índios guaranis, segundo os colonizadores. 



Visto seus poderes energéticos nos índios, tonaram seu uso proibido, sendo levado ao tribunal da inquisição de lima qualquer um que fizesse uso da bebida. Algum tempo depois á igreja veio a reconhecer seus múltiplos benefícios medicinais, se tornando um dos principais motivos de avanço das missões jesuítas e importante moeda de barganha. 



A erva-mate então deixa de ser somente consumida por indígenas, se propagando por toda colonia espanhola, como uma exótica bebida estimulante. 

Com o fim das missões jesuítas, correu-se o risco de se perder todo o desenvolvimento em torno da erva-mate, contudo, os indígenas continuaram o seu cultivo e comercio com os espanhóis. Assim nasceram as primeiras fazenda produtoras de ervas-mate no século XX, voltadas para a escala industrial.